IGREJA PENTECOSTAL SEM JESUS NÃO HÁ VIDA

IGREJA PENTECOSTAL SEM JESUS NÃO HÁ VIDA
BY J.B

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O SOFRIMENTO DO JUSTO. PORQUE SOFRE O FILHO DE DEUS? Salmo 73:1-28

Quem jamais passou por sofrimentos? Qual lar nunca passou por problemas, aflições, angústias e sofrimentos?

Algumas denominações religiosas, infelizmente, pregam a mentira e dizem que o justo não sofre.

Dizem que os filhos de Deus não sofrem e que podem ter tudo que quiserem de conformidade com a fé deles.

Afinal dizem eles: “somos filhos do Rei; somos filhos do proprietário de tudo e de todas as coisas”.

Mas essa não é a verdade. Os justos, os filhos de Deus sofrem como todo humano sofre e passa por sofrimentos.

Por que o justo sofre? Por que nós, filhos e filhas de Deus passamos por sofrimentos?

Por que aqueles que andam com Deus muitas vezes sorvem (bebem) nesta vida o cálice amargo da dor?

Por que o justo precisa cruzar desertos escaldantes, atravessar vales escuros e pisar caminhos juncados de espinhos?

Por que o justo ás vezes enfrenta pobreza, enfermidade e privações enquanto muitos que blasfemam do nome de Deus parecem viver uma vida folgada, com o corpo sadio e nédio, cercado de riquezas e glórias humanas?

Esse não é um problema simples nem fácil de responder. O sofrimento do justo é um dos temas mais complexos da Bíblia e precisamos fazer algumas reflexões.

1- Em primeiro lugar, vejamos a inevitável realidade do sofrimento do justo.

Asafe ao ver a prosperidade do ímpio e sentir na carne a dor das provações, abriu seu coração para Deus e disse: “Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado” (Sl 73.13,14).

O profeta Malaquias registra as palavras do SENHOR:

“AS VOSSAS PALAVRAS FORAM DURAS PARA MIM, DIZ O SENHOR; MAS VÓS DIZEIS: QUE TEMOS FALADO CONTRA TI? VÓS DIZEIS: INÚTIL É SERVIR A DEUS; QUE NOS APROVEITOU TERMOS CUIDADO EM GUARDAR OS TEUS PRECEITOS E ANDAR DE LUTO DIANTE DO SENHOR DOS EXÉRCITOS?”.

“ORA, POIS, NÓS REPUTAMOS POR FELIZES OS SOBERBOS; TAMBÉM OS QUE COMETEM IMPIEDADE PROSPERAM, SIM, ELES TENTAM AO SENHOR E ESCAPAM” (Malaquias 3:13-15).

E Deus não se agradou dessas palavras e disse-lhes que os que servem a Deus, os que perseveram no Caminho, que temem ao Senhor são para Ele um particular tesouro. Disse que no dia que preparou (no dia do Juízo) poupá-los-á e que verão a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não serve. (Malaquias 3:17-18).

O mesmo Asafe no Salmo 74 ainda pergunta: “Até quando, ó Deus, o adversário nos afrontará?...” (Sl 74.10).

O apóstolo Paulo chega a dizer que todos aqueles que quiserem viver piedosamente em Cristo serão perseguidos (2Tm 3.12).

A vida cristã não é uma sala vip nem um parque de diversões, mas uma arena de muitas lutas, uma saga de muitas lágrimas, um combate renhido sem descanso e sem pausas.

E mais ainda, muito mais, “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:12).

2- Em segundo lugar, vejamos as tensões que o sofrimento do justo produz.

A grande pergunta que se levanta é: Se Deus é bom, por que há tanto mal no mundo?

Se Deus nos ama, por que sofremos?

Se somos filhos de Deus, por que Ele não nos poupa da aflição?

Se Jesus Cristo já levou sobre si os nossos pecados e as nossas dores por que ainda padecemos enfermidades?

Se nós somos filhos do Rei e herdeiros com Cristo, por que ainda enfrentamos privações financeiras?

Poderíamos compreender facilmente a razão dos homens maus colherem os frutos da sua semeadura maldita, mas, como explicar o sofrimento daqueles que lavam as mãos na inocência e vivem com integridade de coração?

Como explicar que Jó sendo o melhor homem do seu tempo sofreu os maiores golpes na sua saúde, na sua família e na sua vida financeira?

Como entender que Paulo, o maior de todos os apóstolos, enfrentou prisões, cadeias, açoites e passou o final de seus dias numa masmorra romana antes de ir para a guilhotina para ser decapitado?

Como entender que, João Batista, o precursor do Messias, o maior homem segundo Jesus, foi humilhantemente decapitado por ordem de um rei bêbado?

Ah!, o sofrimento do justo ainda nos aflige. Ainda nos aflige ver um crente piedoso padecendo uma enfermidade grave.

Ainda nos aflige ver os servos de Deus privados dos frutos da terra enquanto os ímpios que desandam a boca contra Deus se abastecem com o melhor deste mundo.

Importa-nos saber, porém, que a vida não se limita apenas ao que acontece do lado de cá da sepultura. Há ainda uma eternidade pela frente. Como ela será?


3- Em terceiro lugar, vejamos que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com as glórias por vir a serem reveladas em nós.

Deus jamais nos prometeu amenidades nesta vida.

Nunca nos prometeu imunidade contra problemas, angústias, aflições e sofrimentos.

Recebemos poder não para escapar do sofrimento, mas para enfrentá-lo e vencê-lo. Jesus disse: “Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem! Eu venci o mundo” (Jo 6.33).

Ser cristão não é receber uma apólice de seguro contra as tempestades da vida.

Aqueles que constroem sua casa sobre a rocha enfrentam as mesmas circunstâncias daqueles que a constroem sobre a areia.

Sobre ambas as casas caem a mesma chuva no telhado, sopram os mesmos ventos na parede e batem os mesmos rios no alicerce.

A casa construída sobre a areia desaba, mas a que foi construída sobre a rocha permanece de pé. Esta é a grande diferença!

Mas, não temos apenas consolo e segurança no sofrimento aqui, temos também a promessa segura da bem-aventurança na vida porvir. Amém?

Enquanto os ímpios acordarão para uma condenação inevitável e eterna; os salvos que sofreram, acordarão para uma eternidade de gozo inefável.

O apóstolo Paulo diz: “Estou absolutamente convencido de que os nossos sofrimentos do presente não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” (Romanos 8:18).

Paulo, ainda, continua: “Pois as nossas aflições leves e passageiras estão produzindo para nós uma glória incomparável, de valor eterno” (2Co 4.17).

A nossa recompensa não é aqui.

Saiba disto meu amado irmão, minha amada irmã:

Caminhamos para a Casa do Pai, para o Paraíso, para a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, onde Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima, e onde, com um corpo de glória, reinaremos com Cristo pelos séculos dos séculos.

Jesus, O Verdadeiro, a Fiel Testemunha assim nos diz:

“NÃO SE TURBE O VOSSO CORAÇÃO; CREDES EM DEUS, CREDE TAMBÉM EM MIM. NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS. SE ASSIM NÃO FORA, EU VO-LO TERIA DITO. POIS VOU PREPARAR-VOS LUGAR. E, QUANDO EU FOR E VOS PREPARAR LUGAR, VOLTAREI E VOS RECEBEREI PARA MIM MESMO, PARA QUE, ONDE EU ESTOU, ESTEJAIS VÓS TAMBÉM” (João 14:1-3).

Então, o sofrimento do justo não será mais lembrado, pois as glórias do céu nos encherão de uma alegria tal que não haverá mais espaço para se pensar na dor!

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“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória que em nós há de ser revelada. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus”. (Rm 8:18-19).


O filósofo e teólogo americano, Brennan Manning, conta em seu excelente livro, “Evangelho Maltrapilho”, publicado no Brasil pela Editora Mundo Cristão), que ao passar em frente a um centro de convenções, viu uma fila de pessoas que aguardava entrar em suas dependências para participar da festa que ali seria promovida.

Brennan se admirou da expectativa das pessoas e do semblante de alegria e contentamento das mesmas, afinal é isso que se espera de alguém que é convidado para uma festa!

No entanto, algo o intrigou.

Ao constatar a expectativa daquelas pessoas, lembrou-se que os cristãos também estão numa fila esperando os portões celestiais se abrirem para participar da festa das “bodas do Cordeiro” (Ap. 19:7), contudo, para nossa surpresa, muitos desses cristãos não estão felizes e vivem a lamuriar, a reclamar e nunca estão satisfeitos com nada.

Vejamos o que Deus tem preparado para os Seus filhos, os justos (não pelos nossos atos, mas justificados mediante a fé em Jesus), aqueles bem-aventurados que lavaram suas vestiduras no Sangue do Cordeiro.

Haverá intenso júbilo no céu!

“ENTÃO, OUVI UMA VOZ DE NUMEROSA MULTIDÃO, COMOD E MUITAS ÁGUAS E COM FORTES TROVÕES DIZENDO: ALELUIA! POIS REINA O SENHOR, NOSSO DEUS, O TODO PODEROSO. ALEGREMO-NOS, EXULTEMOS E DEMOS-LHE A GLÓRIA, PORQUE SÃO CHEGADAS AS BODAS DO CORDEIRO, CUJA ESPOSA A SI MESMO SE ATAVIOU, POIS LHE FOI DADO VESTIR-SE DE LINHO FINÍSSIMO, RESPLANDECENTE E PURO. PORQUE O LINHO FINÍSSIMO SÃO OS ATOS DE JUSTIÇA DOS SANTOS. ENTÃO, ME FALOU O ANJO: ESCREVE: BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO CHAMADOS À CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO. E ACRESCENTOU: SÃO ESTAS AS VERDADEIRAS PALAVRAS DE DEUS”(Apocalipse 19:6-9).

Outra vez mais está escrito:

“E LHES ENXUGARÁ DOS OLHOS TODA LÁGRIMA, E A MORTE JÁ NÃO EXISTIRÁ, JÁ NÃO HAVERÁ LUTO, NEM PRANTO, NEM DOR, PORQUE AS PRIMEIRAS COISAS PASSARAM” (Apoc. 21:4)

“CONTINUE O INJUSTO FAZENDO INJUSTIÇA, CONTINUE O IMUNDO AINDA SENDO IMUNDO; O JUSTO CONTINUE NA PRÁTICA DA JUSTIÇA, E O SANTO CONTINUE A SANTIFICAR-SE. E EIS QUE VENHO SEM DEMORA, E COMIGO ESTÁ O GALARDÃO QUE TENHO PARA RETRIBUIR A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS. EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, O PRIMEIRO E O ÚLTIMO, O PRINCÍPIO E O FIM. BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE LAVAM AS SUAS VESTIDURAS NO SANGUE DO CORDEIRO, PARA QUE LHES ASSISTA O DIREITO À ÁRVORE DA VIDA, E ENTREM NA CIDADE PELAS PORTAS” (Apocalipse 22:11-14).

Na verdade muitos estão na fila, porém duvidosos se realmente há um banquete à nossa espera.

Muitos acham que o anfitrião não ficará contente em vê-los.

Muitos se perguntam: “Eu serei bem-vindo?” A idéia de um Deus “ansioso” por me receber e uma festa maravilhosa para me recepcionar parece boa demais para ser verdade.

Nossa forma de viver, às vezes, revela que não há nenhuma festa preparada nos céus para nós.


O apóstolo Paulo também nos intriga ao declarar que a criação possui uma “ardente expectativa” e que ela geme esperando a revelação dos filhos de Deus.

Ou seja, a própria natureza, que se tornou cativa e prejudicada em função da queda de Adão, “espera” uma arrebatadora libertação na consumação dos séculos.

Ora, se isso é verdade para a parte irracional da criação, porque nós, cristãos, os principais alvos do amor eterno de Deus, não possuímos tão intensa expectativa?

Porque vivemos como se nossa existência se resumisse à paisagem que está adiante de nós e que nos distrai tanto que esquecemos que o melhor ainda está por vir?

“Não dá para comparar” é o que diz o apóstolo Paulo.

O que sinto e vejo neste mundo é infinitamente inferior ao que experimentarei ao lado do Criador, do Salvador e do Consolador.

Por que nos esquecemos disso tão facilmente?

Por que nossa alegria é de tão curta duração?

Por que nossa esperança é tão instável?

Por que ficamos tão irritados com a grama do jardim que está alta (ou com coisas pequenas) se há uma realidade indescritivelmente superior à qual estamos destinados e que, portanto, encontraremos?

Até mesmo preocupações relevantes como enfermidades graves, desemprego, violência e etc. não podem ofuscar “a glória que em nós há de ser revelada”.

Fyodor Dostoievski, romancista russo do século XIX, compreendeu as palavras de Paulo ao indagar que deveria haver um lugar de compensações, pois nesta existência o homem não consegue viver à altura de seus mais nobres ideais, afinal não praticamos todo bem que almejamos, não amamos intensamente, não somos tão bons quanto gostaríamos, vivemos aquém do ideal.

A vida não faria sentido se tais aspirações não fossem saciadas em algum lugar. Este lugar, segundo Dostoievski, é a eternidade.


À sua maneira, o romancista compreendeu a teologia de Paulo. Sim, há um lugar na eternidade onde o sofrimento não nos alcançará.

Onde nenhuma lágrima será derramada.

Onde as dúvidas não mais nos perturbarão.

Onde toda incerteza será dissipada.

Dostoievski chegou a essa conclusão após passar por um conflito pessoal. No dia do sepultamento de sua esposa, Masha, ele começou a pensar que, apesar dos momentos sofríveis do matrimônio, da incompatibilidade de comportamentos, do ódio que às vezes Masha sentia ao presenciar os ataques de epilepsia que ele sofria, das constantes brigas e do abandono do lar, houve momentos de felicidade verdadeira, porém ambos não conseguiram viver à altura do amor ideal.

O romancista considera, portanto, que um dia talvez ele veja sua esposa de novo em um lugar pleno de satisfação, poesia, encanto, realização e saciedade.

Virtudes que o homem não consegue experimentar aqui em toda a sua potencialidade.

“Somos feitos para algo que é muito maior que nós”, é a grande conclusão do extraordinário escritor.

Embora o escritor Dostoievski não esteja errado em seu raciocínio, todavia, o apóstolo Paulo foi mais longe, pois para este a eternidade não é apenas um lugar de compensações, mas sim um lugar cuja “glória não há como comparar” com nada experimentado neste “tempo presente”.

A eternidade com Deus é incomparável, “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração do homem o que Deus preparou para seus amados” (2co 2:9).

Esta é ou não é uma boa notícia?

Sendo assim, a única resposta adequada que poderíamos dar a este convite seria a nossa indizível alegria, nossa firme esperança, nosso intenso desejo de estar com Deus, e de vivermos para sempre felizes por estarmos na Sua presença.

Esta deve ser a nossa expectativa, ardente expectativa!


Como você tem se comportado na fila que está adiante dos umbrais celestiais da eternidade?

Sim! Como temos nós comportado nesta fila?

Temos esta expectativa? Temos também esta convicção?

Paulo declara: “Para mim tenho por certo...”

O Salmista Asafe, no mesmo Salmo 73, depois de cair em si e de perceber que estava agindo como um ignorante e irracional, depois de reconhecer a bondade, a justiça, amor e misericórdia de Deus disse:

“TODAVIA, ESTOU SEMPRE CONTIGO, TU ME SEGURAS PELA MINHA MÃO DIREITA. TU ME GUIAS COM O TEU CONSELHO E DEPOIS ME RECEBES NA GLÓRIA. QUEM MAIS TENHO EU NO CÉU? NÃO HÁ OUTRO EM QUEM EU ME COMPRAZA NA TERRA. AINDA QUE A MINHA CARNE E O MEU CORAÇÃO DESFALEÇAM, DEUS É A FORTALEZA DO MEU CORAÇÃO E A MINHA HERANÇA PARA SEMPRE. OS QUE SE AFASTAM DE TI, EIS QUE PERECEM; TU DESTRÓIS TODOS OS QUE SÃO INFIÉIS PARA CONTIGO. QUANTO A MIM, BOM É ESTAR JUNTO A DEUS; NO SENHOR DEUS PONHO O MEU REFÚGIO, PARA PROCLAMAR TODOS OS TEUS FEITOS” (Salmos 73:23:28).

E você, também está certo desta maravilhosa realidade?

Reflita essa convicção com alegria e exultação, pois, como já foi dito, é isso que se espera de um convidado para uma grande festa.

Que Deus nos abençoe com graça sobre graça, com alegria sobre alegria, e com festa sobre festa! Amém!





Plínio Sérgio Viccari

2 comentários:

  1. Que riqueza todos os pontos abordados, pois nos ajuda a ensinar aos que são novos convertidos que passaram por grandes aflições ,mais se perseverar e confiar em nosso Deus terá a vitória e ganhará a coroa eterna . É a promessa do nosso pai celestial. Glória a Deus.

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  2. Que riqueza todos os pontos abordados, pois nos ajuda a ensinar aos que são novos convertidos que passaram por grandes aflições ,mais se perseverar e confiar em nosso Deus terá a vitória e ganhará a coroa eterna . É a promessa do nosso pai celestial. Glória a Deus.

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